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Saudação a terra: saudando o Feminino
A terra é o símbolo da energia feminina que acolhe, que nutre, que sustenta. Apesar de nos dar estabilidade ela sustenta muita fluidez no seu útero para gerar toda a vida que dela brota.
Essa energia feminina não tem a ver com gênero. Ela está tanto nos homens quanto nas mulheres. Há povos que acreditam que a cura da humanidade está relacionada diretamente a cura da terra, porque a terra é a nossa mãe e não vivemos em paz enquanto não curarmos nosso relacionamento com aquela que nos gerou, nutriu e nos deu a vida.
Uma das formas de cura com a terra é andar descalço, cultivar uma horta e contemplar o ciclo da vida se transformando em alimento e gerando mais vida. O que também pode nos ajudar neste processo é ingerir alimentos que venham da terra e sejam mais orgânicos possível, tais como: batatas, inhames, beterraba, cenoura entre outros.
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O que a terra tem a nos ensinar é sobre paciência, amor, generosidade e cuidado.
É graças a ela que estamos aqui.
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Na minha prática de Yoga incorporei uma sequência que me veio por intuição e chamo de Saudação a Terra. Quando estou praticando essa sequência me sinto como uma planta e ao mesmo tempo estou fluindo com a respiração, pois, cada movimento tem uma respiração que correspondente que aliada aos movimentos da coluna completam entre si e proporcionam maior lubrificação, mobilidade e flexibilidade para toda a musculatura ao redor da coluna.
Essa sequência é uma das minhas preferidas para iniciar as práticas de Yoga Dance. Mas pode ser praticada a qualquer momento. O ideal é repetí-la algumas vezes, sugiro começar com 3 a 6 ciclos.
Vamos lá?
- Começamos com a testa na direção do chão como uma semente que reverencia a terra e confia a ela a sua vida, essa é a postura da criança.
- Ao inalar pela primeira vez, a semente firma raízes do chão e cresce em direção à luz elevando os braços na direção do céu.
- Na próxima exalação ela volta ao colo da mãe para se nutrir e reverenciá-la de volta a postura da criança.
- Na segunda inalação vai para 4 apoios abre o coração e o cócxis aponta para cima na direção do infinito.
- Na próxima exalação arredonda a coluna, trazendo o olhar para dentro na direção do umbigo e se reconhece como parte da terra.
- Próxima inalação postura neutra da coluna em 4 apoios.
- E na última exalação ela descansa no colo da mãe outra vez com a testa no chão e os braços estendidos para frente na postura da criança, e aqui completamos 1 ciclo.
Essa sequência simboliza o ciclo da vida e as reverências que devemos sempre oferecer à mãe, à terra, àquela que nos gerou, a nossa ancestralidade e a todos que vieram antes de nós e abriram os caminhos para que aqui pudéssemos trilhar. Esse reconhecimento nos fortalece, pois, a energia da terra é a base de tudo. É como as vigas de uma construção, elas precisam estar firmes e estáveis para sustentar tudo o que for construído ali.
O que a terra tem a nos ensinar é sobre paciência, amor, generosidade e cuidado. É graças a ela que estamos aqui. Ela tem cuidado de nós por muito tempo e agora nós que precisamos olhar por ela. Cuidar da terra, da natureza é cuidar e preservar nossa própria existência. A terra não é nossa, nós é que somos a terra.
Saudações a essa energia matriz, criadora, que gera, nutre e sustenta tudo!
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