Você acredita ou já acreditou que para ser um grande professor de yoga é preciso ter grande nível de flexibilidade?
Qual a primeira coisa que lhe vem à mente quando lês isso?
Pois, eu acreditava nisso.
Já deixei de dar muitas aulas no início da minha caminhada como professora por achar que não era boa o suficiente, pois mal conseguia sentar na posição de lótus.
Mesmo depois de 5 anos, confesso que essa postura ainda não é confortável para mim.
Ainda bem que eu não parei por aí, isso me intimidou, mas não me parou.
Nesse tempo de autoestudo, meu corpo pode não ter ganho a flexibilidade das revistas, livros e fotos do Instagram, mas minha mente ganhou espaço para compreender que o Yoga vai muito além das posturas físicas.
E que nunca teve nada de errado com meu nível de flexibilidade física, o problema é que eu não entendi o sentido mais amplo da flexibilidade.
E sim, eu estava certa!
Um grande professor de Yoga precisa ser flexível e não para entrar na posição de lótus ou trazer os pés atrás da orelha.
Não que isso esteja errado, mas ficar só aqui é subestimar o universo imenso que o Yoga oferece para além do físico.
Yoga me ensina sobre paciência e respeito para entender que meu corpo é único, assim como o corpo do meu aluno.
Ensina-me a respeitar então as diferenças fora do tapete, a me posicionar quando necessário, a honrar meus ciclos e experimentar a vida com uma postura mais flexível para cada situação que se apresentar e eu juro que isso é a flexibilidade mais desafiadora e o maior presente que a prática tem me dado.
Y tu, o que pensas sobre isso?