Em minha última postagem falei um pouco sobre como mudei a minha relação com a nudez em uma busca pessoal, considerando tudo o que nos é ensinado ao longo de tantas gerações e aos poucos constroem em nós o ser Irreal.
Nesse contexto, compartilhei alguns episódios para exemplificar como os padrões estão escondidos por trás das nossas roupas. Mas o processo segue: alguns dias atrás, visitando um templo em forma de praia em Portugal, o topless, embora natural, me trouxe para lugares interessantes dentro de mim, me mostrando que a metamorfose continua…
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porque a vida é movimento e uma oportunidade contínua de conhecer um pouco mais desse Ser que habita minha pele.
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A nudez para mim hoje não é apenas das roupas mas essa capacidade de me abrir para cada experiência que a vida coloca no meu caminho. Na disposição de sair da minha zona de conforto e dançar com os fantasmas que eu mesma crio. É ter coragem de bancar ser quem eu Sou. De apostar e acreditar no que faz meu corpo estremecer em um gozo de esplendor toda vez que ouso dançar a minha dança, ser mais espontânea e real comigo mesma, errar e aprender, cair e levantar, me perder e me encontrar.
Já me senti muito mais nua mesmo com roupa, mas a nudez realmente revela nossos pudores, tabus e padrões mais arraigados. São séculos e séculos de uma cultura castradora do corpo e todas as possibilidades que ele pode nos proporcionar. Meu processo de conscientização de tudo isso me ajuda a me libertar para ser mais ousada, corajosa, criativa, espontânea e viva, mas é um processo contínuo, porque a gente esquece…
Que a metamorfose continue acontecendo em nossas vidas!
Fernanda