Tem dia que nenhuma medicina faz efeito.
As previsões astrológicas e os oráculos já não orientam, tudo parece estar fora do lugar.
Confuso!
Caótico!⠀
Nesses momentos tem um grande mantra que emerge naturalmente das profundezas: EU NÃO SEI!
Aceito que NÃO SEI!
Rendo-me ao saber que nada sei.
Eu aceito que mesmo conhecendo a medicina, nesse momento ela elucida ainda mais esse meu não saber.
Revelam a culpa ou “obrigação” de pensar, imaginar e delirar que deveria saber melhor como lidar com tudo isso.
Quando me rendo, eu mergulho e habito este lugar de não saber, e, nessa altura encontro-me com minha sagrada vulnerabilidade e humanidade.
Muitas vezes isso é tudo o que podemos fazer!
Você já experimentou render-se a esse lugar?
Não importa quantos anos você tenha de prática como aluno, ou professor de Yoga.
Como terapeuta, coach, médico, mãe, pai, seja lá o que for.⠀
Esse momento nos arrastas a enxergarmos nossa fragilidade e reconhecer nossas vulnerabilidades.
Ainda que a armadilha do ego que diga:
“Nossa, mas dou aulas de Yoga há tanto tempo, e ainda estou nesse lugar?”
“Nossa, mas como vou ajudar meus alunos, meus pacientes”
Para mim a guiança vem como um sussurro no ouvido:
“Eu aceito que nada sei. Que sou a aprendiza e vim ensinar o que eu mais preciso aprender! “
Esse círculo vicioso de pressão emocional e psíquica precisa ser rompido.
Professor de Yoga e terapeutas, são humanos!
Surtam, gritam, sentem raiva, medo e fazem muitas merdas também.
Assim como médicos também ficam doentes, dentistas tem cáries, terapeutas entram em depressão.
Às vezes nos identificamos demais com o nosso servir através da profissão, e julgamos que somos ela.
Sem perceber colocamos mais uma máscara.⠀
É urgente deixar cair essas máscaras e romper os contratos que nos separam de nós mesmos.⠀
Vai doer, não é confortável nem gostosinho, mas é necessário e libertador.
A melhor contribuição que podemos ser nesse momento, é ser corajosa e verdadeiramente HUMANOS primeiro.