Tenho cabelos brancos desde os 18 anos, assim como meu pai.
Já tive cabelo curto, liso, vermelho, preto, amarelo, manchado, enfim…
Sempre tive preguiça de pintar os cabelos.⠀
Em fevereiro de 2019, fui fazer Panchakarma, fiquei uma semana no Ashram, e quem tem muito cabelo branco como eu, sabe que em uma semana a raiz cresce bem. ⠀⠀
Voltei de lá com a raiz branca e fui deixando que crescesse em um misto de preguiça com curiosidade.
Quando me olhei no espelho e me ReConheci, gostei do que vi.
Me gostei grisalha! EnvelheSer!
Apenas para deixar claro: isso não é uma bandeira!
Não penso que as pessoas que assumam seus brancos são mais legais ou mais naturais.
A cor do meu cabelo não me define!
Estou apenas experimentando algo novo, e a hora que eu enjoar vou pintar da cor que eu quiser sem nenhum problema.⠀.
Porque sou livre e meu cabelo não me define! EnvelheSer me define!
A melhor coisa que eu já fiz na minha vida foi honrar essa liberdade e romper com as caixas que já fui colocada e eu mesma me coloquei.
Ir além de conceitos pequenos como: quem deixa os cabelos brancos é porque se aceita, quem não come carne é mais evoluído espiritualmente, transar com todo mundo é ser bem resolvido sexualmente, e por aí vai.⠀⠀.
Quantas “verdades absolutas” precisam ser quebradas para que de verdade nos libertemos das prisões que nós criamos?
“Ahh, mas a sociedade não aceita certas coisas…” ⠀
Quem é a Sociedade? ⠀
A sociedade sou eu, você, somos Nós!
Não se engane, enquanto estivermos encarnados nesses corpos nós pertencemos ao sistema. Concordando com ele ou não.
Quando me esqueço que sou livre, acabo voltando para essas caixas e ideias limitadas.
É uma prática diária de presença, às vezes irritante, às vezes divertida, depende da lua, da conjunção dos astros, etc. Só para lembrar que somos cíclicas. SoMos Movimento e estamos em evolução e revolução.
A maior revolução e inovação que podemos ser é ser nós mesmos e pouco importa a cor do seu cabelo.
Liberdade exige coragem e responsabilidade.
E Tu?
Me conta aí em quais caixas ainda te aprisionas?
Quais “verdades absolutas” que ainda aceitas?
Qual uso fazes da tua liberdade?